Ruralistas atiraram em indígenas no Mato Grosso do Sul; Ministério dos Direitos Humanos diz estar acompanhando o caso
O Ministério dos Direitos Humanos declarou neste domingo (4.ago.2024) que o ataque a indígenas se deu em terreno indígena demarcada pela Funai (Instauração Pátrio dos Povos Indígenas) em 2011. Na ocasião, ruralistas atiraram em indígenas guarani e kaiowá no município de Douradina, no Mato Grosso do Sul.
Em nota, o ministério afirmou estar acompanhando a escalada de violência na região e tratando com o Ministério da Justiça para aprimorar o uso da Força Pátrio no controle de conflitos e reverência aos direitos humanos dos povos indígenas.
O ministério disse ter enviado esforços para resgatar os feridos. Ao menos 8 pessoas se feriram. Desses, 5 foram, de ambulância, ao Hospital da Vida em Dourados, e só um permanece em estado grave.
Além da equipe enviada, o coordenador-geral do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas, Igo Martini, também viajou ao Estado para tratar de uma resposta por secção do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos ataques.
De consonância com o ministério, o governo federalista tem empregado esforços para prevenir e reprimir os ataques às comunidades originárias desde julho, nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.
ATAQUE EM TERRA INDÍGENA
O Ministério dos Povos Indígenas recebeu no sábado (3.ago) denúncias de um ataque a tiros com munição mortal e balas de borracha contra indígenas guarani e kaiowá no município de Douradina, no Mato Grosso do Sul.
Os responsáveis pelos ataques eram ruralistas da região. O incidente se deu enquanto os indígenas estavam em retomadas no território Panambi-Lagoa Rica, depois que a Força Pátrio se retirou do lugar para rondar outra superfície na mesma região.
O ataque se dá dias antes da audiência marcada pelo STF (Supremo Tribunal Federalista) para iniciar a discussão sobre as ações que envolvem o marco temporal para demarcação de terras indígenas.
Em 2023, ano de início do 3º procuração do presidente Lula, o número de indígenas mortos por preterição do poder público foi de 1.231. O número representa um prolongamento de 20% em relação às 1.026 mortes de 2022. O oferecido é do relatório “Violência Contra os Povos Indígenas”, do Cimi (Parecer Indigenista Pregador).
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Fonte: CRENTE NEWS