Na noite desta quinta-feira (9), o candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) usou suas redes sociais para compartilhar trechos de uma decisão judicial da Justiça de Goiás que condenou o seu rival Pablo Marçal (PRTB) em 2010.
A publicação da sentença ocorreu em seguida a candidata Tabata Amaral (PSB) questionar Marçal sobre o caso. O coach foi sentenciado a dois anos e 11 meses por rapacidade qualificado, em 2010. De negócio com a criminação, ele participou de uma uma quadrilha que invadia contas bancárias pela internet em 2005. A pena foi extinta em seguida prescrever, em 2018, sem que o candidato cumprisse sua pena.
“Você foi sentenciado por formação de quadrilha em esquema de fraudes bancárias. Quero saber o que fará para proteger os idosos que vivem caindo em golpes de WhatsApp porquê esse. Também é investigado pela Polícia Federalista por falsidade ideológica, apropriação indébita e lavagem de verba. O seu maior coligado, é o presidente do partido dele, confessou que é ligado ao PCC. Minha pergunta é muito simples. Pretende usar sua experiência no mundo do delito para cuidar de São Paulo, para fazer políticas públicas em segurança?”, atacou Tabata.
Marçal se irritou com a candidata do PSB e chegou a proferir que abandonaria a disputa caso a criminação fosse comprovada. “Sobre essa pena aí, não há pena. Se tiver, eu deixo essa disputa agora imediatamente, tá bom?”, afirmou, para em seguida emendar uma série de ataques contra a candidata do PSB. “Você está misturando coisa de idoso, porque você é incapaz de estudar além da headline [manchete, em inglês]. Para você saber, meu pai me ensinou a nunca tocar em zero de ninguém. Te duelo agora se você é a sabichona, fala o nome do que eu peguei, o que eu toquei que eu devolvo. Você que tá cá, um candidato fantoche, uma pessoa impressionante, veio da periferia, mas não conhece o ensino médio. Foi estudar fora e está completamente fora da veras dessa cidade. Tabata, deixa eu te falar uma coisa, você precisa estudar além da headline, você parece até uma ‘jornalistazinha militante’”, finalizou o coach. O tom hostil gerou críticas nos bastidores do debate.
O tema foi retomado posteriormente por Boulos, que perguntou a Marçal porque a população de São Paulo deveria “seleccionar um ladrão de banco”. Novamente exaltado, Marçal respondeu: “Em primeiro lugar, fala o nome do banco que eu faço o Pix”. No entanto, reconheceu em seguida a existência da pena. “A sentença de que você está falando eu nem tinha jurisperito de resguardo, porque eu não tinha dinehrio para remunerar. Ela prescreveu. Quando eu disse que não tem é, porque foi prescrita.”
A sentença divulgadas por Boulos em suas redes sociais revela detalhes da pena do candidato do PRTB. Marçal seria o responsável pelos computadores da quadrilha e cuidava da segurança tecnológica.
#DebateNaBand https://t.co/XWYb0qYg7N pic.twitter.com/ExLlPEnHkb
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) August 9, 2024
“O criminado (Pablo Marçal) não era responsável pela concretização material dos furtos cibernéticos sob foco, em prol da quadrilha por ele integrada. Porém, o réu cuidava da manutenção dos equipamentos de informática do grupo criminoso, além de realizar a captação de listas de emails para a quadrilha”, afirma a sentença da Justiça de Goiás.
Edição: Nicolau Soares