O ID Pica-Pau – Psicanálise Clínica

Hoje falaremos sobre o ID Pica-Pau. Das minhas lembranças televisivas mais primitivas, Wood Woodpecker and Friends é com certeza uma das mais marcantes, um pouco sempre prendeu minha atenção àquele ilustração, a estética lúdica, as cores vívidas, os personagens que apesar da fórmula tradicional das animações da idade, perduraram por tantos anos.

Entendendo sobre o ID Pica-Pau

O Pica-Pau foi uma geração de Walter Lantz, ainda nos anos 40, o personagem inicialmente criado para ser um opositor nos curta-metragens que seu estúdio produzia para o cinema.

Mas o sucesso entre o público adulto fez com que o personagem se tornasse o carro-chefe do estúdio, e que todo o programa fosse reformulado, assim porquê ele mesmo, para atrair uma recepção tão interessante, também, pelo público infantojuvenil.

Neste pequeno cláusula, teremos porquê objeto de estudo, principalmente o Pica-Pau de 1940-44, seguido por seu sucessor, 1944-50. Não se resumindo exclusivamente a estes dois períodos, visto que apesar de tantas reformulações, a origem caótica do nosso protagonista (apesar de ao longo do tempo, ter sido soterrada pelo receio que a sociedade nutria de que as crianças fossem instigadas a reproduzir comportamentos imorais) continua, de certa forma, a mesma.

O ID Pica-Pau e Freud

Freud concebeu que o ID é formado basicamente pelos nossos representantes mentais dos impulsos de instinto, é o reservatório de força psíquica que nos move a certos objet(iv)os.

Mas não uma força facilmente manipulável, o ID é tão primitivo quanto o instinto de um bicho, ele se divide entre, libido e força agressiva, alternando-a conforme o que quer,e o que quer, o quer agora.

O ID tem relação direta com nossas necessidades corporais, porquê a miséria, a sede, a carência sexual, gerando tensão, o ID é regido pelo princípio do prazer, tentanto sempre diminuir ao supremo o revés de certas atividades, trespassar do desconforto gerado pela privação, seja ela de uma urgência fisiológica, ou de um libido escondido entre as nuances da evolução do pensamento. “Eu sou um diabo necessário!”

Finalmente, qual a relação entre o nosso camaradinha de penas e a invenção de Freud?

Assim porquê o ID, o Pica-Pau também é regido pelo princípio do prazer, buscando sua satisfação plena e imediata através da saga a qualquer preço pelo objeto em questão.

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O universo de ambos não entra em incongruência, já que os desejos não obedecem a moralidades sociais, no universo do Pica-Pau, o extrínseco a ele manifesta fomento ou retenção no contato com suas vontades, também, criam-se situações que colocam o personagem de forma quase onírica.

O ID não vivencia o choque com lógicas e racionalidades, vive rodeado a fantasias e desejos que podem excluir-se mutuamente, sem que deixem de viver; seu universo inconsciente lhe dá ainda mais força para que ele de alguma forma, vivencie o que deseja, através da força direcionada ao seu libido ou até mesmo quando o seu inconsciente toma conta da veras psíquica, em estado de sonho.

Condições cronológicas

O que ambos vivenciam, não obedece a condições cronológicas, o sentimento é sempre o de agora, em um incidente, o Pica-Pau não se importa que o tempo passe e inverno chegue, mesmo sabendo que não haveria comida (já que não fez porquê os outros e estocou), nem porquê transmigrar para onde tenha (por que quando havia tempo, se dedicou exclusivamente a pôr em práticas suas vontades), apesar da miséria, e a procura por moradia serem segmento da temática medial da animação.

As vontades são compilados do que se viveu no pretérito, o que espera vivenciar no porvir e o que está sendo vivido agora, para o ID a única dimensão existente é a presente e nela intercorrem todas as outras.

O Pica-Pau não é um contexto necessariamente verbal, o personagem em muitos episódios é quase mudo, a liberdade criativa no qual o personagem está inserido talvez seja até um bom ponto para entender a não verbalidade do ID.

O ID Pica-Pau e conceitos abstratos

Por ser um universo plástico, a sentença do personagem através das cenas é um enredado de significados, positivos, contraditórios, políticos (ou não, já que não existe relação de entre verbalizar o que sente e senti-lo).

Assim porquê representam também a disforia entre tantas significações ao mesmo tempo, que não expressam necessariamente uma teoria, mas conceitos abstratos tentando expressados de forma sincera.

Por sempre estar envolvido a sentimentos tão incessantes, nosso amiguinho de cabeça vermelha dá indícios de também funcionar pelos processos de condensação e deslocamento, quando em diferentes episódios, sente a mesma intensidade de ódio, sede de vingança, compulsão por certas práticas e principalmente, a procura por situações que lhe forcem a libertar seu lado pulsional.

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Epílogo

O Pica-Pau é um personagem do eu, por mais que ao longo dos anos mais coadjuvantes tenham sidos incluídos na trama, a penosa dos ovos de ouro continua sendo a estória focada no eu, e a falta de interesse no outro, até que o outro cruze seu caminho.

Apesar de ser muito frente ao seu tempo, é uma trama simples de um personagem imperioso, cômico, que margem a loucura, não importa quantas casas serão derrubadas, quais armas serão utilizadas no processo ou quantas pessoas ficarão com raiva e pânico; tudo terá valido a pena, desde que o ID chegue onde quer chegar, ou ao menos, a vontade de que o ID chegue lá.

Item escrito pelo Luiz, estudante de Psicanálise pela vida e pelo IBPC, fascinado por Freud e por sua teoria. [email protected]



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Leibe Felipe

Leibe Felipe

Leibe Felipe é um Jovem Cristão, Fundador da Escola Cristã Humaniza, Especialista em Estratégias Digitais e Marketing Politíco -> @felipeleibe

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