O presidente gaulês, Emmanuel Macron, rejeitou, nesta segunda-feira (26), nomear uma vez que primeira-ministra a candidata de esquerda em nome da “firmeza institucional”. Ele convocou uma novidade rodada de consultas com partidos e “personalidades” para superar o impasse político em que o país se encontra.
Na sexta-feira, quase dois meses em seguida as eleições, Macron iniciou uma rodada de consultas com os partidos e, em virtude destes encontros, considerou que “a firmeza institucional” da França “impõe não reter esta opção” de Castets, diz a enunciação.
Para a pesquisador política francesa Florence Poznanski, a atitude do presidente gaulês caracteriza um golpe de Estado.
“O cláusula 5 da constituição fala que o presidente garante da firmeza institucional. Isso quer proferir que ele poderia ser considerado responsável pela instabilidade da situação de ter um governo demissionário que não foi substituído”, disse ela.
São dois pontos distintos : o trajo de tardar a nomear um novo governo – independentemente dele ser de direita ou de esquerda – e o trajo desse novo governo ser de esquerda em relação a vitória do Novidade Frente Popular”, disse ao Brasil de Indumento.
Formada por socialistas, comunistas, ecologistas e o partido de esquerda radical A França Insubmissa (LFI), a NFP venceu as eleições com 193 deputados e propôs porquê primeira-ministra a economista Lucie Castets, de 37 anos. A federação de meio direita de Macron, por sua vez, elegeu 166 deputados, seguida do partido de extrema direita Reagrupamento Pátrio (RN) e seus aliados (142) e do partido de direita tradicional Os Republicanos (LR, 47).
“O presidente acaba de produzir uma situação excepcionalmente grave. A réplica popular e política deve ser rápida e firme”, escreveu na rede social X o líder do LFI, Jean-Luc Mélenchon, reiterando que o partido irá apresentar uma moção para destituir Macron.
Macron ressaltou, em sua enunciação, as convergências entre sua federação de centro-direita e o partido de direita LR, que rejeita se coligar ao governo, e chamou socialistas, ecologistas e comunistas a “cooperarem com o restante das forças políticas”, o que romperia a Novidade Frente Popular (NFP).
“Um governo fundamentado unicamente no programa e nos partidos propostos pela federação com maior número de deputados, a Novidade Frente Popular, seria imediatamente censurado” na Câmara (Câmara baixa), ressaltou, em um transmitido, o presidente gaulês, que retomará as consultas na terça-feira.
Diferentemente dos países vizinhos, onde o poder dos chefes de Estado é protocolar, Macron, de quem procuração termina em 2027, compartilha o poder executivo com o primeiro-ministro, que pode ser de outra orientação política. Cabe ao presidente nomear o dirigente de governo. “Minha responsabilidade é prometer que o país não fique bloqueado ou se fragilize”, assegura no transmitido, apelando aos “partidos de governo” a não olvidar “as circunstâncias excepcionais” do segundo vez.
Antecipação das eleições
Macron antecipou as eleições legislativas, previstas para 2027, para 30 de junho e 7 de julho para pedir um “explicação” aos eleitores depois a vitória da extrema direita nas eleições europeias. Mas levante cenário mergulhou a França em um impasse político, pois nenhum dos três principais blocos surgidos das eleições – esquerda, meio direita e extrema direita – obteve a maioria de 289 deputados. Um novo pleito não pode ser convocado antes de julho de 2025.
O líder comunista, Fabien Roussel, convocou uma “grande mobilização popular” nos “próximos dias”, enquanto a ambientalista Marine Tondelier criticou a “perigosa irresponsabilidade democrática” de um presidente que, segundo ela, causou o bloqueio com o inesperado antecipação eleitoral.- “Circunstâncias excepcionais” –
Embora as pesquisas dessem porquê ganhadores a extrema direita de Marine Le Pen e seus aliados, a NFP e a federação de meio direita de Macron retiraram seus candidatos com menos chances para proporcionar aqueles que podiam derrotar a extrema direita.
A LFI participou desta “frente republicana” contra Le Pen, mas tanto a federação de Macron quanto a direita em seguida rejeitaram que essa força integre um governo e inclusive ameaçaram, assim porquê Le Pen, votar uma moção de exprobação se isto não ocorresse.
E apesar de Mélenchon ter desimpedido a porta para que a LFI não entrasse em um eventual governo de Castets, seus adversários mantiveram a recusa ao prometer que o problema era o programa da coalizão, que inclui derrubar a impopular reforma das pensões de Macron.
*Com AFP
Edição: Rodrigo Durão Coelho