‘Querem Soterrar As Vozes Antissionistas’, Afirma Jornalista Breno Altman Após Condenação Por Injúria

Depois ser réprobo à pena de prisão sob querela de injúria contra o economista Alexandre Schwartsman e o presidente da organização pró-Israel StandWithUs Brasil, André Lajst, o jornalista Breno Altman disse que vê o processo uma vez que uma tentativa de “se soterrarem as vozes antissionistas”. A enunciação foi dada ao Brasil de Indumento no contexto em que o fundador de Opera Mundi mencionou uma série de outros processos de que é meta por troço da Confederação Israelita do Brasil (Conib).

“É uma técnica derivada do lawfare e que atende pelo acrônimo SLAPP – Strategic Lawsuits Against Public Participation. Não querem necessariamente a prisão dos acusados, mas sufocá-los judicialmente para que saiam do debate político e se calem sob determinado tema”, afirmou, ao proferir que o processo procura levar à “exaustão física, financeira e de tempo”. Questionado uma vez que pretende responder à decisão, Altman disse que “zero muda” em seu curso de ação.

“Meus advogados cuidam dos processos judiciais e me avisam quando precisam de mim. E eu toco minha vida e minhas atividades, continuando o esforço de ampliar a sátira ao sionismo e ao Estado de Israel. Os processos contra mim são secundários, ossos do ofício.” Na visão do jornalista, a esquerda brasileira estaria em dívida com o povo palestino naquilo que se refere às manifestações de solidariedade diante da agudização do conflito com as forças de Israel.

“Os grandes partidos, sindicatos e movimentos, com poucas exceções, estão pouco envolvidos na mobilização e no debate. Mas era ainda pior nas primeiras semanas, com muita confusão e terror de identificação com as organizações armadas da resistência. Temos que melhorar muito o engajamento, incluindo a cobrança, junto ao governo Lula, por ruptura das relações diplomáticas e comerciais com o regime sionista.”

Querela

O protocolo da ação judicial em questão se deu posteriormente um reparo nas redes sociais em que Altman utilizou os termos “covardes” e “desqualificados” para se referir aos autores da denúncia. O juiz responsável pelo caso, Fabrício Reali Zia, decidiu substituir a pena de prisão por uma multa de 15 salários mínimos, cujos valores devem ser encaminhados para o Fundo Municipal da Moçoilo e do Jovem (FUMCAD), ligado à Prefeitura de São Paulo.

Em um texto público em que comenta o tema, Breno Altman disse, nesta quarta-feira (28), que a conduta na postagem teria relação com precedentes ligados aos acusadores. “Minhas palavras a reverência desses cidadãos foram resposta a sucessivos ataques, através dos quais fui chamado de ‘kapo’, sobrenome oferecido aos judeus que colaboravam com os nazistas nos campos de concentração. Por essa e outras ofensas, responde na Justiça um dos autores da ação contra mim. Sou de família judaica com longa história antifascista. Parentes meus foram assassinados no sacrifício, alguns combatendo o nazismo de armas nas mãos. Qualquer confrontação com os verdugos a mando de Hitler somente poderia provocar indignação e autodefesa”, disse o jornalista. Por termo, Altman disse que a pena é “motivo de orgulho” e que pretende batalhar pela reversão da decisão nas instâncias superiores.

Fepal

Em nota pública veiculada nesta quarta, a Federação Mouro Palestina do Brasil (Fepal) repudiou a pena judicial e prestou solidariedade a Altman. Mencionando as numerosas mortes de palestinos ocorridas recentemente em virtude do conflito, a organização afirmou que “Breno Altman incomodou os sionistas ao colocar o dedo na ferida”.

“O problema é exatamente o sionismo, não somente ‘Israel’ ou sua demografia judaica, importada para o projeto colonial e genocidário de substituição da população palestina originária e fanatizada neste mister. Mais do que isso, Altman demonstrou que é justamente o sionismo que joga parcela dos professantes do judaísmo nesta emboscada e os tomada para projecto de extermínio análogo ao nazista”, atribuiu a Fepal.

A entidade também criticou os ataques recebidos por Altman. “Ele somente reagiu a esta querela indecente, e não somente porque nunca foi kapo, mas porque não poderia silenciar frente aos verdadeiros kapos, que não reúnem autoridades moral, moral, política ou intelectual para formular tal querela, pois expressam hoje a exata visão dos aliados dos nazistas e aplicam-na na Palestina”, emenda o texto.

O Brasil de Indumento tentou, mas não conseguiu localizar a Confederação Israelita do Brasil (Conib), assim com Alexandre Schwartsman e André Lajst.

Edição: Martina Medina

Fonte: CRENTE NEWS

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Leibe Felipe

Leibe Felipe

Leibe Felipe é um Jovem Cristão, Fundador da Escola Cristã Humaniza, Especialista em Estratégias Digitais e Marketing Politíco -> @felipeleibe

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