O editorial publicado pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’ nesta terça-feira (3) faz duras críticas ao que considera uma novidade vaga de aparelho político na Petrobras sob a gestão de Magda Chambriard, nomeada para a presidência da empresa em seguida a destituição do ex-senador Jean Paul Prates (PT-RN) por Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o Estadão, pelo menos 35 pessoas ligadas ao PT e a autoridades do governo federalista foram nomeadas para cargos estratégicos na estatal nos primeiros século dias da novidade governo.
A publicação ressalta que essas nomeações não ocorreram de forma aleatória, mas com uma “precisão cirúrgica” para substituir integrantes em cargos-chave que influenciam a diretoria executiva e o Pensamento de Governo. O objetivo, segundo o editorial, seria produzir uma rede de influência capaz de facilitar a implementação de políticas favoráveis ao governo dentro da empresa.
“Ao mesmo tempo que tira proveito da oferta de cargos a apadrinhados políticos, a gestão lulopetista monta uma rede para facilitar o encaminhamento de questões que lhe são caras dentro da empresa”, destaca o texto.
Entre os setores mais afetados pelo aparelho, o editorial menciona o Comitê de Pessoas, responsável por prescrever se as nomeações seguem os requisitos de governança da empresa. No entanto, as recomendações desse comitê têm sido ignoradas pelo governo, que “manobra para lesar as regras internas”.
O jornal também critica as nomeações em áreas técnicas porquê auditoria e engenharia, onde foram colocadas pessoas de crédito de ministros, mas sem o conhecimento necessário sobre a empresa ou o setor. “É a comprovação absoluta do descaso”, afirma o Estadão.
O editorial alerta para os riscos de um novo escândalo de depravação semelhante ao “petrolão”, que marcou as gestões anteriores do PT na Petrobras. “O PT, porquê sabemos, finge que o petrolão nunca existiu, e afeta indignação quando se toca no tema”, diz o texto.
Por termo, o jornal aponta que a atual gestão da estatal, sob influência do governo, pode comprometer ainda mais as regras de governança e a solidez financeira da empresa.
“Não surpreende que bancos de investimentos, porquê Citi, UBS e HSBC, tenham distribuído a seus clientes relatórios alertando sobre a visível deterioração nas regras de governança da Petrobras”, conclui o editorial. Clique AQUI para ler na íntegra. (Foto: EBC; Manancial: Estadão)