Hoje falaremos sobre a crise da paternidade. A contemporaneidade apresenta desafios singulares para a psicanálise, mormente no que tange à construção do superego e sua relação com a crise da paternidade.
Freud já apontava o superego porquê uma instância psíquica fundamental, responsável pela internalização das normas e valores sociais e familiares, atuando porquê um regulador dos impulsos e desejos do id.
No entanto, a figura paterna, tradicionalmente associada à poder e ao estabelecimento de limites, encontra-se em um processo de reconfiguração na sociedade atual. Isso pode levar a uma formação precária do superego, onde as normas e limites são menos claros e consistentes.
Entendendo sobre a crise da paternidade
A crise da paternidade, portanto, pode ser vista porquê um fator que contribui para a fragilidade na estruturação do superego, o que, por sua vez, favorece a emergência de traços narcisistas. O narcisismo, entendido cá porquê uma valorização exacerbada do self em detrimento do outro, é amplamente discutido na obra freudiana, sendo considerado uma lanço normal do desenvolvimento, mas que pode se tornar patológico quando persiste na vida adulta.
A cultura contemporânea, com sua ênfase no individualismo e na autopromoção, parece oferecer um terreno fértil para a proliferação do narcisismo, que é muitas vezes reforçado pelas redes sociais e pela valorização da imagem e do sucesso pessoal supra de valores coletivos.
Nesse contexto, a psicanálise se depara com o duelo de entender e trabalhar com essas novas configurações familiares e sociais, buscando compreender porquê elas afetam a formação do quidam e suas relações interpessoais.
A crise da paternidade e o superego
A precariedade na construção do superego pode levar a dificuldades na regulação dos impulsos, na gestão da culpa e do autojulgamento, e na capacidade de estabelecer relações saudáveis e empáticas com os outros.
Na prática clínica, a psicanálise pode abordar as questões da contemporaneidade e suas implicações na construção do superego e na cultura do narcisismo através de uma série de estratégias terapêuticas.
Primeiramente, é forçoso que o comentador esteja prudente às manifestações do narcisismo e à fragilidade do superego no oração do paciente, explorando as origens e as funções desses aspectos na economia psíquica do quidam. A escuta analítica, caracterizada por sua neutralidade e buraco, permite que o paciente articule suas experiências sem o temor de julgamento, facilitando a emergência de conteúdos inconscientes.
A prática psicanalítica
A versão é outra instrumento poderosa na prática psicanalítica, ajudando o paciente a reconhecer e elaborar os conflitos internos que contribuem para a formação de um superego precário e traços narcisistas. O comentador pode facilitar o paciente a entender porquê as experiências de vida, mormente aquelas relacionadas às figuras parentais e autoridades, moldaram sua personalidade e suas defesas psíquicas.
Ou por outra, a transferência e a contratransferência são aspectos cruciais do processo analítico. A transferência permite que o paciente projete no comentador figuras e conflitos significativos, reeditando-os no espaço terapêutico. Isso oferece uma oportunidade única para trabalhar diretamente com as dinâmicas relacionais do paciente, incluindo aquelas que envolvem a poder e o narcisismo.
A contratransferência, por sua vez, exige que o comentador esteja consciente de suas próprias reações emocionais e as utilize porquê uma janela para o mundo interno do paciente.
A crise da paternidade e o setting terapêutico
A estudo do setting terapêutico também é fundamental. O envolvente físico e psíquico da estudo deve ser um espaço seguro e contido, onde o paciente possa testar e expressar seus pensamentos e sentimentos mais íntimos. Isso inclui a consistência e a confiabilidade do comentador, que são essenciais para a construção de um vínculo terapêutico sólido e para o fortalecimento do superego.
A psicanálise contemporânea também reconhece a preço de considerar o contexto cultural e social do paciente. Isso significa entender porquê as normas sociais, as expectativas familiares e as pressões do envolvente influenciam a psique do quidam.
O comentador deve estar prestes para discutir questões de gênero, sexualidade, raça, classe e outras dimensões da identidade que podem estar interligadas com a crise da paternidade e o narcisismo.
A relação com a psicanálise
Por término, a psicanálise deve manter um compromisso com a reflexão e a autoanálise, tanto por secção do comentador quanto do paciente. Isso envolve um questionamento contínuo sobre as próprias práticas e teorias, muito porquê uma disposição para se harmonizar e evoluir em resposta às mudanças na sociedade.
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Ao fazer isso, a psicanálise permanece uma disciplina viva e relevante, capaz de enfrentar os desafios da modernidade e de promover a saúde mental e o bem-estar dos indivíduos.
A psicanálise, portanto, tem um papel crucial na investigação dessas dinâmicas e na procura por caminhos que possam fortalecer a estrutura psíquica dos indivíduos, promovendo uma maior integração entre id, ego e superego.
Desenlace sobre a crise da paternidade
Ao mesmo tempo, é importante reconhecer que a psicanálise deve se harmonizar e responder às mudanças culturais e sociais, mantendo-se relevante e eficiente em sua prática clínica. Isso inclui uma escuta não normativa, que acolha as diversas expressões da subjetividade sem julgamentos pré-concebidos, mormente em relação àqueles que ocupam posições marginalizadas na sociedade.
Em suma, a contemporaneidade coloca em evidência a complicação da construção do superego e os desafios impostos pela crise da paternidade e pela cultura do narcisismo, demandando uma reflexão profunda e contínua por secção da psicanálise.
Cláusula escrito por Julieta Pedrosa. Crítico em formação. Graduada em Arquitetura e Urbanismo/UFRJ. Pós-graduada em Estudo e Avaliação de Projetos/FGV. Formada em Gemologia e CAD/CAM pelo GIA-Gemological Institute of America, com diversos cursos nacionais e internacionais na dimensão da Joalheria. Designer de joias no Julie Joias Brasileiras Atelier. Escritora, professora de História da Joalheria e de Gemologia. Livro: Pequenos Contos no Espelho, disponível na Amazon https://encurtador.com.br/