Confronto De Bolsonaristas, Baixaria E Propostas Pontuais: Veja Como Foi O Debate Da TV Gazeta Entre Candidatos à Prefeitura De SP Da TV Gazeta

Ainda no primeiro conjunto, os candidatos bolsonaristas Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) protagonizaram a troca de acusações mais acirrada do debate. Nunes chamou Marçal de “tchutchuca do PCC“, acusando-o de envolvimento com a partido criminosa, enquanto Marçal sugeriu que Nunes seria recluso caso deixasse a prefeitura por supostamente estar cometendo crimes de devassidão.

Além da bulha pelo voto bolsonarista, os ataques, protagonizados por Pablo Marçal e também por Ricardo Nunes, também recaíram sobre Guilherme Boulos (Psol) e José Luiz Datena (PSDB).

Chamado de “invasor” pela dupla de direita, Boulos afirmou que se orgulha de sua atuação “junto ao movimento social” e que já fez mais política de moradia do que o atual prefeito.

Datena, por sua vez, chamou Marçal de “sentenciado”, fazendo referência à prisão do candidato bolsonarista em 2005. Posteriormente, Marçal seria sentenciado, em 2010, por invadir contas bancárias pela internet. Ao final do terceiro conjunto do debate, provocado, ele chegou a deixar seu púlpito e ir em direção ao de Marçal, contrariando as regras do debate.

O apresentador de programas policialescos também se referiu a Nunes porquê “outro que pode ser sentenciado”, em menção às denúncias de devassidão contra a atual gestão.

Propostas pontuais

Apesar dos ataques e xingamentos, novamente protagonizados por Pablo Marçal e Ricardo Nunes, algumas proposições foram levantadas. 

Tabata Amaral (PSB) foi uma das candidatas que mais falou sobre seu programa de governo. Na dimensão da segurança, citou “justiça restaurativa” para a Cracolândia.

“A gente sabe que na Cracolândia tem bandido e doente. Em bandido não se passa a mão, se combate. Doente se acolhe com tratamento. Todo hospital municipal vai ter uma enfermaria psiquiatria. Serão quatro novos Centros de Atenção Psicossocial [CAPS]. São Paulo vai ser uma referência na questão de saúde mental. A gente vai buscar familiares, dar tratamento, e a porta de saída vai ser o trabalho.”  

Também afirmou que a Prefeitura tem três papéis na dimensão da segurança: tecnologia e coordenação, zeladoria e prevenção. “Uma das minhas principais promessas é ter em cada subprefeitura um núcleo de tecnologia, controle e segurança para que as polícias e a GCM possam atuar de forma coordenada”, disse.

“Zeladoria para a cidade que está escura, esburacada, enxurrada de lixo. Cuidar da cidade é cuidar das pessoas, sobretudo das mulheres. Terceiro: produzir espaços de lazer, cultura e instrução na periferia. Eu me comprometo em unicamente quatro anos para transpor de 6% a 50% em escola integral.” 

Sobre esse tema, José Luiz Datena (PSDB) defendeu o ataque direto às organizações criminosas. “Não se resolve qualquer problema de segurança pública se não hostilizar o PCC e outras organizações criminosas que estão infiltradas no país”, disse.

O candidato, no entanto, reconheceu que para isso são necessárias outras esferas da gestão pública e do Poder Judiciário: “Para combater, só um prefeito não tem requisito nem mando. O Tarcísio [governador de São Paulo] precisa participar. O Ministério Público precisa participar”.  

Na dimensão econômica, Guilherme Boulos (Psol) defendeu a descentralização das oportunidades de trabalho, que hoje estão concentradas na região medial de São Paulo, fazendo com que um transitório significativo de moradores saiam de lugares distantes todos os dias para o trabalho. 

“A cidade de São Paulo tem uma dinâmica universal de grandes metrópoles que são os empregos concentrados na região medial, e a maioria dos trabalhadores nas periferias. Todo mundo sai do fundão das periferias para trabalhar no núcleo. Essa é uma cidade que não se sustenta, qualidade pior de vida, muito trânsito”, disse o candidato.

“Nós vamos estribar os pequenos e médios empresários e comerciantes e as empresas que queiram se estabelecer na periferia gerando empregos. É menos trânsito, ônibus menos lotado, menos poluição na cidade. Descentralizar as oportunidades de trabalho.” 

O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) focou bastante nas medidas já realizadas durante a sua gestão e no que pretende fazer até o final do procuração. Ignorando as denúncias de superfaturamento emedebista prometeu entregar sete milénio obras até o término de dezembro e falou sobre a substituição dos ônibus a diesel para os elétricos. “Nós já começamos a fazer esse processo. Nós temos um grande valor para fazer esse investimento nessa situação”, disse o candidato.  

Por término, Pablo Marçal (PRTB) prometeu produzir dois milhões de empregos nas periferias, levando empresas para as regiões mais afastadas da cidade. Sem explicar porquê, na dimensão da instrução, prometeu levar “perceptibilidade emocional”, “empresarização” e tirar a “linguagem neutra”. Também se comprometeu a produzir “escolas olímpicas”, com ingressão a esportes durante o dia para os alunos.  

Uma vez que em outros debates, Marçal focou em xingamentos e ataques a seus adversários. Enquanto falava sobre as atividades físicas no contexto escolar, chegou a expressar que “o esporte molda caráter. Olha para o Boulos, ele não pratica manobra. Por isso que ele é inflamado desse jeito”.   

Ele ainda afirmou que o debate seria um “teatro” e um “consórcio comunista desesperado”. “Eu queria ser educado, só que eu sou alguém da extrema riqueza que veio da pobreza, logo eu sabor de baixaria. O bananinha [referindo-se a Nunes] já perdeu a eleição faz tempo. Datena não quer ser candidato, mas arrumar um numerário para se reformar. Isso cá é um circo armado. Ninguém contava com a minha astúcia de atrapalhar o projecto comunista e o Mesada de São Paulo”, afirmou o candidato.

Edição: Rodrigo Chagas

Fonte: CRENTE NEWS

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Leibe Felipe

Leibe Felipe

Leibe Felipe é um Jovem Cristão, Fundador da Escola Cristã Humaniza, Especialista em Estratégias Digitais e Marketing Politíco -> @felipeleibe

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