O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Mediano (BC) inicia nesta terça-feira (30) sua quinta reunião do ano para debater a taxa básica de juros da economia pátrio, a Selic. No mesmo dia, centrais sindicais realizarão uma série de atos, em 11 capitais, para que o órgão volte a reduzir a taxa (confira detalhes aquém).
A redução da Selic também é reivindicada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Quando Lula voltou à Presidência, em janeiro de 2023, a taxa era de 13,75% ao ano. Em agosto, começou a tombar paulatinamente até chegar a 10,5% ao ano em maio.
Em junho, em sua última reunião, o Copom decidiu manter a Selic nesse patamar. Naquela oportunidade, o órgão entendeu, por unanimidade, que os riscos de subida da inflação e de descontrole de gastos do governo justificavam a manutenção.
De lá para cá, o governo anunciou um namoro de R$ 15 bilhões no Orçamento para cumprimento das metas fiscais de 2024, reforçando seu compromisso com as contas públicas. A inflação, no entanto, manteve uma tendência de subida, chegando perto do teto da meta estabelecida para o índice.
Considerando esse cenário, economistas ligados a bancos já estimam que a Selic se mantenha em 10,5% ao ano neste mês e até o final do ano. A previsão está registrada no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo BC.
As centrais sindicais, no entanto, veem espaço para cortes. Para elas, uma redução também é necessária para geração de empregos no país. Pensando nisso, os atos que serão realizados nesta terça ocorrerão sob o lema “Menos Juros, Mais Empregos”.
Os atos são organizados pela Mediano Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Universal dos Trabalhadores (UGT), Mediano dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Mediano dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Novidade Mediano (NCST), Intersindical e Pública.
O que é Selic?
A taxa Selic é referência para a economia pátrio. É também o principal instrumento disponível para o BC controlar a inflação no país.
Quando ela sobe, empréstimos e financiamentos tendem a permanecer mais caros. Isso desincentiva compras e investimentos, o que contém a inflação. Em ressarcimento, o incremento econômico tende a ser prejudicado.
Já quando a Selic cai, os juros cobrados de consumidores e empresas ficam menores. Há mais gente comprando e investindo. A economia cresce, criando empregos e favorecendo aumentos de salários. Os preços, por sua vez, tendem a aumentar por conta da demanda.
Atos programados
Brasília – Faixaço e panfletagem a partir das 7h, no Eixo L Sul, em frente ao BC. Às 16h, panfletagem na Plataforma Superior, próximo ao semáforo do Conjunto Pátrio.
São Paulo – 10h, em frente ao BC, na Avenida Paulista nº 1804.
Rio de Janeiro – 11h às 13h, no Largo da Carioca.
Curitiba – 9h, na Rossio Santos Andrade.
Fortaleza – 10h, em frente ao BC
Porto Satisfeito – às 10h, em frente ao BC, na Rua Sete de Setembro, nº 586.
Belém – às 10h, em frente ao BC, na Avenida Presidente Vargas, Meio.
João Pessoa – na dependência da Caixa na Lagoa, Rua Miguel Couto, nº 221.
Pernambuco – às 9h, em frente à Caixa Econômica na Avenida Guararapes, Meio.
Salvador – às 9h, em frente ao Banco Bradesco, no Shopping Lapa.
Teresina – às 8h, na Rossio São Pedro, Poty Velho.
Edição: Nicolau Soares