Depois de trespassar da prisão, nesta sexta-feira, 9, Filipe Martins reencontrou sua mulher. O ex-assessor da Presidência ficou recluso durante seis meses. A soltura atende à formalidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF).
A decisão foi proferida algumas semanas depois de a Procuradoria-Universal da República (PGR) se manifestar em prol da liberdade de Filipe Martins.
O ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro saiu da prisão na tarde de hoje. Um vídeo mostra o momento em que Filipe Martins abraça a mulher.
No despacho ao qual Oeste teve ingresso, Moraes determinou medidas restritivas. Entre elas, tornozeleira eletrônica.
As provas apresentadas por Filipe Martins a Alexandre de Moraes
Há alguns meses, a resguardo de Martins reuniu comprovantes da Uber que reforçam a tese de que o ex-assessor não viajou para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022.
Conforme os documentos juntados pelos advogados, aos quais Oeste teve ingresso, Martins esteve em uma hamburgueria no núcleo de Brasília, em 30 de dezembro. No dia seguinte, ele se dirigiu ao aeroporto da capital federalista para viajar para Curitiba.
Ao chegar à cidade, ele também usou o serviço por aplicativo, de conciliação com os comprovantes. Na ocasião da presença de Martins em Curitiba, Bolsonaro já havia embarcado para o estrangeiro.
O governo dos Estados Unidos também informou que Martins não esteve no país na data informada por Moraes.
Em fevereiro deste ano, Oeste revelou a existência de bilhetes de passagens aéreas que comprovaram a presença de Martins no Brasil, na data alegada por Moraes para mandar prendê-lo. Interpelada pelo STF semanas depois, a Latam confirmou a ida do ex-assessor à capital paranaense. Moraes ignorou essas provas e rejeitou um pedido de soltura do ex-assessor de Bolsonaro.