Fogo Em Aldeia Destrói Três Mil Mudas De Reflorestamento: ‘foi Criminoso’, Diz Cacique

Um incêndio consumiu troço da povoado Arapowã Kakyá, em Brumadinho (MG), onde moram 60 indígenas Xucuru Kariri. O queima começou por volta das 17h desta segunda-feira (26) e se alastrou rapidamente, chegando perto de duas casas. “Se não fosse os bombeiros, ia pegar queima”, contra o cacique Carlos Arapowãnã.  

Murado de 20 moradores da povoado se uniram aos brigadistas e bombeiros para combater o incêndio. A força-tarefa conseguiu sofrear as chamas antes do amanhecer desta segunda, mas não a tempo de impedir a ruinoso de três milénio árvores cultivadas em uma ação de reflorestamento. As mudas de espécies frutíferas e nativas, plantadas há pouco mais de um ano em um trabalho conjunto da comunidade, foram destruídas. “Queimou tudo, não sobrou zero”, lamenta o cacique.  

O sítio onde o queima começou, na cercadura de uma estrada, e a força das chamas levam o cacique a encarregar que se trata de uma ação propositado. “Foi criminoso. Bituca de cigarro não ia fazer um fogaréu desse”, avalia.  

Há pouco mais de um ano, os indígenas trabalharam na ação de reflorestamento do território / Registo pessoal

Em nota enviada pela assessoria de prelo, a deputada federalista Célia Xakriabá (Psol-MG) ressaltou a sisudez do caso. “Além do risco à vida, as queimadas causam a ruinoso do bioma e impactam diretamente o meio de subsistência das comunidades indígenas”, afirma a parlamentar. Nesta segunda-feira, a deputada encaminhou um ofício ao Ministério Público Federalista (MPF) e ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitando ações emergenciais contra o crescente número de focos de incêndio no estado.  

De pacto com dados do Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (Inpe), Minas Gerais enfrenta o maior número de incêndios dos últimos 14 anos, com 4.857 focos registrados do início do ano até agora. A situação se agravou em agosto, com 2.118 novos focos. As chamas consumiram troço de unidades de conservação, porquê o Parque Estadual Serra do Brigadeiro e o Parque Vernáculo da Serra do Cipó, onde o queima foi controlado em 22 de agosto, depois de cinco dias de incêndio. Na Serra do Brigadeiro, o incêndio persiste há quase dez dias.

De 19 a 26 de agosto, a plataforma Indimap, que utiliza imagens de satélite para identificar focos de calor, acusou 3.469 pontos com chamas em terras indígenas no Brasil. Em Minas Gerais, foram 12 focos de incêndio de pequenas proporções em terras indígenas no mês de agosto. O território onde vivem os Xucuru Kariri ainda não é demarcado e, por isso, não aparece no mapeamento da plataforma. 

Edição: Thalita Pires


Fonte: CRENTE NEWS

Compartilhe seu amor
Leibe Felipe

Leibe Felipe

Leibe Felipe é um Jovem Cristão, Fundador da Escola Cristã Humaniza, Especialista em Estratégias Digitais e Marketing Politíco -> @felipeleibe

Artigos: 1561