O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou neste último sábado (3), em tom crítico, que as medidas do governo federalista para a reconstrução do estado precisam ser mais efetivas e mais rápidas.
“O diálogo [com o governo federal] existe, a sensibilidade existe, ações são empreendidas, mas os resultados efetivamente entregues são muito menores do que aquele que a propaganda solene apresenta. E é isso que gera um incômodo profundo. A solenidade e os anúncios são fartos, a propaganda é extensiva para manifestar o que estão se mobilizando, mas o que chega na ponta ainda é muito restringido”, declarou.
Receba notícias do Conexão Política em tempo real no seu WhatsApp
Receba notícias do Conexão Política em tempo real no seu WhatsApp
Segundo dados oficiais, o Executivo federalista destinou, até agora, R$ 94,4 bilhões ao Rio Grande do Sul. No entanto, segundo o governador, essa ajuda não engloba questões cruciais, porquê um programa de manutenção de tarefa e renda, nos moldes do que ocorreu na pandemia, quando o país era comandado por Jair Bolsonaro (PL).
“Ao contrário do que se viu nos meses anteriores, de geração de tarefa, e que o Brasil assistiu em maio e junho, o Rio Grande do Sul teve saldo negativo no Caged por conta dessa calamidade. O governo federalista demorou a apresentar uma solução, se recusou a fazer uma reedição do que aconteceu na pandemia. Pedimos, insistimos, brigamos muito por isso. Demoraram a apresentar uma solução. A solução que apresentaram demorou a ser feita. A regulamentação é complexa, difícil”, lamentou.
Leite também disse que a maioria das verbas chega por meio de operações de crédito com aproximação “burocratizado”. De entendimento com o mandatário, “da forma porquê é posto, às vezes pode parecer que chegou R$ 90 bilhões na conta do Estado ou das prefeituras, seja o que for. Não!”.
“Estamos falando cá de boa secção, maior secção desse recurso, pelo menos R$ 70 bilhões, estamos falando de operações financeiras. Financiamentos que estão disponibilizados nos bancos, no BNDES, nos bancos públicos, no Banco Brasil, Caixa Econômica Federalista, secção em cooperativas de crédito, no próprio Banco do Estado do Rio Grande do Sul, para as empresas acessarem e financiarem a sua reconstrução com juros subsidiados pelo governo. É verdade que estão sendo acessados. Mas, porquê eu disse, o aproximação a esse recurso ainda é muito burocratizado”, completou.
Em uma nota enviada à CNN Brasil, assinada pelo ministro da Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirma que “não vamos entrar em disputa política no momento em que o nosso foco é ajudar os gaúchos a garantirem um recomeço depois as enchentes”.