Greve Do INSS Entra Em Nova Fase Com Disputa De Entidades Por Assinatura De Acordo Com O Governo

A Federação Pátrio dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), que representa segmento dos servidores do Instituto Pátrio de Seguridade Social (INSS), em greve desde o dia 10 de julho, divulgou nota nesta sexta-feira (30), em que acusa o governo de fazer manobras para chegar a um contrato que enfraqueça a paralisação.  

A entidade se refere a um termo de contrato assinado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) na quarta-feira (28) com uma das entidades que participa das negociações, a Confederação Pátrio dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS). 

Em seu site, o MGI informou a assinatura do pacto “com as entidades sindicais representantes dos servidores do INSS”. Segundo o ministério, “são 44 termos assinados nas mesas de negociação temporárias e específicas” conduzidas pela pasta, com participação da categoria.  

De contrato com o MGI, “a reorganização remuneratória da Curso do Seguro Social será em duas etapas, a primeira em janeiro de 2025 e a segunda em abril de 2026. Essa reorganização prevê ampliação da tábua remuneratória, passando de 17 para 20 padrões, com cinco padrões por classe; acréscimo de três novos padrões na classe inicial da tábua, além do reajuste da remuneração de ingresso na curso, a partir dos padrões iniciais e majoração da Gratificação de Desempenho de Atividades do Seguro Social (GDASS)”.  

Ainda segundo o ministério, está prevista também a regulamentação do Comitê Gestor da Curso a partir de outubro de 2024, responsável por “explorar a reivindicação de exigência de nível superior porquê requisito de ingresso para os cargos de nível intermediário”. 

A assinatura do contrato acabou gerando uma disputa entre as entidades. A Fenasps afirma que não irá reconhecer os termos do pacto. “A Fenasps, que representa a maioria dos servidores do Seguro Social, não reconhece a legitimidade do contrato assinado pela CNTSS e reitera seu compromisso de seguir lutando pelos direitos e valorização da categoria. Continuaremos mobilizados contra qualquer tentativa de enfraquecer nossa luta por melhores condições de trabalho e a preservação da curso e da Previdência Social Pública”, diz a nota. 

O diretor da entidade, Daniel Emmanuel, afirma que o contrato firmado não atende a demandas fundamentais, porquê o reajuste do vencimento fundamental dos servidores. Segundo a entidade, grande segmento dos salários recebidos são compostos por benefícios, e o vencimento fundamental de alguns servidores não chega a um salário-mínimo. 

Sobre a geração de um Comitê Gestor de Curso para julgar a proposta de mudança na forma de ingresso dos servidores, Emmanuel afirma que esse mesmo contrato tem sido realizado com a categoria desde 2015 e descumprido pelos sucessivos governos. E afirma que, durante as negociações, o próprio MGI já antecipou sua posição contrária à reivindicação.

“A categoria está lendo que é uma mesa de enrolação. Se de traje o governo satisfazer dessa vez, depois do terceiro contrato assinado sobre esse comitê gestor, ele já vai com um posicionamento viciado, ou seja, vai lá para nos manifestar que não. Logo a categoria está entendendo é que precisa ter um compromisso agora de que vai colocar na lei”, diz o dirigente, acrescentando que a assinatura do contrato sem a representação da federação tem sido um fator a mais de mobilização das bases, que não reconhecem a legitimidade do que foi firmado.  

Prática recorrente 

No enviado divulgado nesta sexta-feira, a Fenasps lembra que a mesma prática foi adotada pelo MGI durante a greve dos professores da ensino federalista, de abril a junho deste ano. Em meio às negociações, que envolviam diversas entidades representativas dos docentes, o ministério assinou um termo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Vital Técnico e Tecnológico (Proifes), sem envolver outras organizações que participavam das conversas.  

Na era, o contrato gerou poderoso disputa entre as entidades de classe, já que o Sindicato Pátrio dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Pátrio dos Servidores Federais da Instrução Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) não reconheceram a legitimidade contrato. A Justiça Federalista chegou a invalidar a negociação devido à falta de registro sindical da Proifes e, porquê desdobramento, o Andes e o Sinasefe decidiram continuar com a paralisação até a assinatura de um novo contrato com o MGI, comemorado no dia 27 de junho.      

Questionado pela reportagem, o MGI afirmou que “reforça o diálogo democrático, espaçoso e transparente com o qual o governo conduziu as negociações nas Mesas Específicas e Temporárias com as diversas carreiras de servidores federais e que resultaram na assinatura de 45 acordos, abrangendo murado de 98% dos servidores federais”. O ministério se absteve de responder às críticas feitas pela federação sobre a pasta.     

O Brasil de Vestimenta entrou em contato com a CNTSS, mas não obteve retorno até o fechamento desta material. A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federalista (Condsef), outra entidade que participou das negociações, também não respondeu às tentativas de contato. O espaço segue à disposição para os posicionamentos.  

Edição: Martina Medina

Fonte: CRENTE NEWS

Compartilhe seu amor
Leibe Felipe

Leibe Felipe

Leibe Felipe é um Jovem Cristão, Fundador da Escola Cristã Humaniza, Especialista em Estratégias Digitais e Marketing Politíco -> @felipeleibe

Artigos: 1561