A 13ª Delegacia de Polícia Social de Porto Satisfeito inicia nesta semana uma investigação sobre a agressão cometida pelo segurança de um supermercado em Porto Jubiloso, no Rio Grande do Sul, contra um varão preto. A ocorrência foi registrada na quinta-feira (22) e motivou uma sintoma no sábado (24) em repúdio ao racismo.
Depois fazer compras no Hoffman Supermercados, o artesão Vanderlei Oliveira Soares, 59 anos, foi seguido e abordado na saída por um segurança sob a suspeita de latrocínio. Segundo relato da mana do artesão, a enfermeira Elaine Oliveira Soares, as agressões ocorreram por Vanderlei não ter apresentado nota fiscal ao segurança no momento. Ele foi agredido com chutes e socos na cabeça e nas pernas.
Soares acrescentou ainda que o artesão foi imobilizado e levado de volta ao mercado, onde foi reconhecido uma vez que cliente pelos funcionários, que teriam comprovado o pagamento das mercadorias.
“Não foram só as marcas físicas. São marcas de uma agressão que nunca vão vangloriar. Ele é um varão preto, recluso, que há muito tempo tem depressão. Ir naquele supermercado era socialização. Conhecia as meninas do caixa, as pessoas pelo trajeto. Isso fazia muito a ele. Cortaram esse vínculo. Agora ele está assustado, e nossa família toda [está] sofrendo”, disse Elaine, ao g1 RS.
A Brigada Militar foi acionada por Vanderlei e o artesão passou pelo vistoria de corpo de delito no Palácio da Polícia.
O Hoffmann Supermercados disse, em nota, que “repudia qualquer tipo de violência” e que “o segurança responsável pelo ato de agressão foi exonerado”. O gerente do supermercado, Marco Antonio da Rocha Faria Fruto, negou que tenha havido violação de racismo sob o argumento de que a empresa possui “pessoas negras no quadro de funcionários”.
Natividade: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Vivian Virissimo