ILUSTRAÇÃO PARA SERMÃO – JUIZ NÃO É AMIGO
Ilustração para sermão – Juiz não é companheiro
Sentado no banco dos réus, o varão direcionava seu olhar ao juiz com um misto de expectativa e curiosidade. Assim, começava uma história que ligava pretérito e presente de forma surpreendente. Velhas recordações, uma vez que ondas do mar, surgiam em sua mente. De repente, um lampejo de memória trouxe à tona uma revelação impressionante: aquele juiz, agora tão imponente no tribunal, havia sido seu companheiro leal de escola. Sim, eles tinham compartilhado risadas, desafios e até sonhos. Sentados lado a lado nos antigos bancos escolares, tinham formado uma amizade genuína.
Com o passar dos anos, no entanto, os caminhos de ambos tomaram rumos distintos. Assim, a intervalo física foi acompanhada por uma intervalo emocional. Ainda assim, uma esperança aquecia o coração do varão: a crença de que seu velho companheiro, movido pela antiga amizade, o pouparia de um veredito severo. Todavia, em um gesto de mandamento e responsabilidade, o juiz, sem titubear, anunciou a sentença. Uma multa de valor significativo seria a penalidade imposta ao réu.
A surpresa e a incredulidade tomaram conta do varão. “Porquê foi verosímil?”, ele pensou. O que levaria um companheiro de puerícia a resolver de forma tão dura contra alguém com quem compartilhara tantos momentos? Em meio à confusão de sentimentos, uma ponta de amargura começou a surdir em seu coração, sinalizando a desilusão com o vetusto companheiro.
No entanto, um novo capítulo dessa história estava prestes a se desenrolar. Transportado a uma sala reservada, o varão encontrou o juiz à sua espera, com um sorriso caloroso e compreensivo. “Eu sei o que está passando pela sua mente”, começou o juiz, buscando dissipar a nuvem de suspicácia. “Porquê juiz, minha obrigação foi cumprida. Mas uma vez que seu vetusto companheiro, estou cá para estender minha mão e ajudá-lo. Não se preocupe com a multa; estou cá para cobri-la.”
Assim, nessa jornada de surpresas e reencontros, uma verdade ressoa com transparência: enquanto a justiça terrena segue seu curso, o paixão e a compreensão podem sempre lançar uma ponte sobre as águas turbulentas da vida.
Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito saber. (João 15.15)
Título: Ilustração para sermão – Ilustração para sermão – Deveríamos ser todos iguais
Manancial: Coletânea de Ilustrações do Pr. Natanael de Barros Almeida (275)
Data da publicação: 13/12/2023
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