A inflação deu sinais de que será menor em agosto. A prévia do índice solene de preços ao consumidor, divulgada nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasílico de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,19% – o menor registrado em 2024. No mês anterior, em julho, a inflação havia ficado em 0,30%.
A prévia é calculada pelo Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Grande 15 (IPCA-15). O IPCA-15 tem a mesma metodologia do índice solene de inflação, o IPCA. Ele, todavia, é medido entre a segunda quinzena de um mês e a primeira quinzena do outro. O IPCA, por sua vez, calcula a inflação durante um mês do calendário.
Na prática, o preço dos víveres ficou 0,8% mais barato. Contribuíram para isso as quedas do tomate (26,59%), da cenoura (25,06%), da batata-inglesa (13,13%) e da cebola (11,22%). Já a pujança elétrica caiu 0,42%.
Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou subida de 4,35%. Nos 12 meses anteriores, a subida acumulada chegou a 4,45%.
Já o IPCA acumulava subida de 4,50% até julho. O percentual é exatamente o teto da meta estabelecida para o índice ao final de 2024.
Essa meta é definida pelo CMN (Parecer Monetário Vernáculo), controlado pelo governo. O Banco Médio (BC) tem a responsabilidade de zelar para que ela seja cumprida. Faz isso, geralmente, ajustando a taxa básica de juros da economia, a Selic.
Combustíveis
De convénio com o IBGE, a prévia da inflação de agosto pode ser explicada pelo preço dos combustíveis. Dos 0,19% verificados em agosto, 0,17 ponto vieram principalmente do aumento da gasolina e do etanol. A gasolina subiu 3,33% do final de julho ao prelúdios de agosto. O etanol, 5,81%.
O botijão de gás também subiu 1,93% no mês.
Edição: Nathallia Fonseca