Livro narra depoimento de um pai sobre os sinais de autismo – Dr. Lucas Nápoli

Giovani era o bebê que todos os pais gostariam de ter. Falo dos pais contemporâneos que se dividem entre o trabalho, o zelo dos filhos e seus projetos pessoais. Despreocupado, soturno e com pouca propensão a chorar, Giovani era capaz de passar horas brincando sozinho, folheando um livro ou vendo televisão sem solicitar a atenção de seus pais. Em outras palavras, diferentemente da maioria das crianças, o garoto pouco demandava de seus pais, produzindo neles uma sensação de conforto e tranquilidade bastante atípica para quem estava cuidando de um bebê com poucos meses de vida. Essa sensação, todavia, não durou muito tempo.

Seu pai, Francisco Paiva Junior, possuidor de uma aguçada capacidade de reparo própria da profissão de jornalista, logo notou que além de ser excessivamente tranquilo para um bebê, Giovani apresentava outros comportamentos que o distinguiam da maioria das crianças: não utilizava os brinquedos de consonância com a função para a qual haviam sido feitos (carrinhos, por exemplo, eram jogados ou chutados porquê bolas); repetia durante um bom tempo uma mesma ação, porquê levantar até a fundura do rosto uma peça de um jogo de montar e depois deixá-la desabar; dificilmente atendia ao ser chamado por seu nome; não olhava nos olhos de ninguém etc.

Graças à Internet, Paiva Junior pôde ter entrada a informações que o levaram a suspeitar do que poderia estar acontecendo com seu rebento e – o que é o mais importante – buscar ajuda especializada. Pesquisando acerca dos comportamentos atípicos de Giovani, o jornalista descobriu que o rebento poderia ser autista.

Diferentemente do que o público leigo imagina, o autismo não é uma categoria diagnóstica que comporta somente uma única caracterização sintomatológica. Dito de outro modo, indivíduos com autismo não são todos iguais. Fala-se no campo psicopatológico, de um espectro autista, ou seja, de uma tira que comporta vários níveis e graus de autismo. Nesse sentido, há casos leves, moderados e graves de autismo, com sintomatologias específicas em cada um dos níveis. O elemento generalidade que permite escolher os diferentes quadros nosológicos porquê autismo é a existência de um delongado no desenvolvimento das funções de notícia e socialização, o que caracteriza essa psicopatologia porquê um transtorno global do desenvolvimento (TGD).

Em “AUTISMO: não espere, aja logo! Depoimentos de um pai sobre os sinais de autismo” (M.Books, 2012, 132 páginas, R$39), o jornalista Paiva Junior denodadamente narra todo o trajectória que vai desde o complicado parto de seu rebento Giovani, passando pelo recebimento do diagnóstico de autismo, até o primícias do tratamento do rebento. Não se trata, porém, de um relato talhado a satisfazer a curiosidade que grande secção das pessoas sente em relação aos comportamentos de uma pessoa autista.

O interesse de Paiva Junior é utilizar o caso de Giovani porquê ilustração para a premência que os pais têm de estarem atentos aos comportamentos de seus filhos a término de que, caso haja a suspeita de autismo, o diagnóstico seja feito o mais precocemente provável para que se inicie imediatamente o tratamento.

Paiva Junior, ao longo de todo o livro, insiste no seguinte ponto: tanto pais quanto profissionais, ao perceberem qualquer sinal que possa indicar que a petiz seja autista, não devem permanecer na expectativa de que o tempo lhes vá trazer a confirmação da suspeita. Muitas vezes, o tempo de espera poderia ter sido utilizado para a concretização do tratamento caso o diagnóstico de autismo fosse efetivamente feito. Quanto mais precoce for a mediação, maiores serão as chances de que os comprometimentos nas áreas de notícia e socialização do sujeito sejam minimizados.

Giovani, porquê o leitor pode notar ao longo do livro, não apresentava sinais muito evidentes de que fosse uma petiz autista. Tanto é que uma pediatra a quem os pais foram consultar no início, disse que os comportamentos atípicos do garoto eram somente traços de sua personalidade, que “aquele era o jeito dele”.

Se não fosse pelo persistente (e saudável) libido do pai de compreender o que de traje se passava com seu rebento, Giovani só teria sido diagnosticado com autismo muitos anos depois, quando muitos dos problemas já teriam se agravado. Paiva Junior e sua esposa buscaram a ajuda de um neuropediatra (que, inclusive, escreve o prefácio do livro) e dele obtiveram a resposta que tanto esperavam e que ao mesmo tempo temiam: o diagnóstico de autismo.

Aliás, a reação dos pais diante da confirmação do diagnóstico é outro ponto bastante enfatizado no livro. Paiva Junior, através de uma descrição íntima e direta da experiência que vivenciou com a esposa, mostra que a negação é a primeira resposta da maioria dos pais diante do diagnóstico de autismo. Muitos se recusam a crer no que ouvem do médico e, por conta disso, acabam procrastinando o início do tratamento. O que está em jogo é a perda da imagem do rebento perfeito que todos os pais idealizam para seus descendentes e da qual muitos resistem a se desfazer.

O livro ainda traz os casos de outras crianças autistas e suas famílias, abordando a invenção dos sinais, a confirmação do diagnóstico e a reação dos familiares. Tais relatos foram fornecidos por pais que faziam secção de listas de discussão sobre autismo na internet das quais Paiva Junior participa. O jornalista, aliás, tem contribuído ativamente para o processo de propagação de conhecimento acerca do autismo. Em 2010, criou a Revista Autismo, gratuita e sem fins lucrativos, que se dedica a disseminar informação sobre o transtorno, colaborando para a desconstrução das imagens preconceituosas ainda existentes sobre o sujeito autista.

A M.BOOKS, editora responsável pela publicação do livro, disponibilizou um réplica da obra para presentear um dos leitores. O escolhido será aquele que elaborar o observação mais criativo e muito fundamentado acerca do tema AUTISMO. Sugestões: história do concepção de autismo; porquê o autismo tem sido visto pela psicologia e pela psicanálise; teorias sobre a causalidade do autismo; a inclusão do sujeito autista na sociedade etc. A intenção é transformar o espaço de comentários em um pequeno mural de informações a reverência do tema. O possuidor do observação mais criativo e muito fundamentado receberá o livro diretamente em sua moradia. Não se esqueça de inserir seu nome completo e email.

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Leibe Felipe

Leibe Felipe

Leibe Felipe é um Jovem Cristão, Fundador da Escola Cristã Humaniza, Especialista em Estratégias Digitais e Marketing Politíco -> @felipeleibe

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