Venezuela foi tomada por atos contra reeleição do presidente; ao menos 11 manifestantes morreram, diz ONG
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unificado da Venezuela, esquerda), disse que as Forças Armadas e policiais do país serão colocadas nas ruas a partir desta 4ª feira (31.jul.2024), “até que haja a consolidação do projecto de silêncio”. O objetivo da medida é moderar os atos contra sua reeleição, que se espalharam pelo país.
O líder do país latino-americano concorreu à reeleição no domingo (28.jul). No dia seguinte, se autoproclamou vencedor, apesar de a oposição acusar fraude e questionar o resultado, provocando revolta em secção da população.
A decisão de colocar as Forças de segurança nas ruas foi tomada na 3ª feira (30.jul), durante reunião conjunta do Parecer de Estado –órgão federalista de consulta do governo– e do Parecer de Resguardo. Horas mais tarde, o pregão foi feito em pronunciamento do presidente.
Assista (de 21min18s a 22min23s):
O encarregado do Executivo venezuelano também convocou seus apoiadores a fazerem um ato a seu obséquio nesta 4ª feira (31.jul), em frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo.
De concórdia com o Ministério Público venezuelano, 759 pessoas foram presas nos protestos, 48 policiais ficaram feridos e um membro da Guarda Bolivariana foi morto por arma de incêndio. A ONG (organização não governamental) venezuelana Pensão Penal calcula que 11 manifestantes foram mortos de 2ª feira (29.jul) até a manhã desta 4ª feira (31.jul).
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Maduro responsabilizou a líder da oposição, María Corina Machado, e seu rival na disputa presidencial, Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitário Democrática, centro-direita), “pela violência, pelos mortos e pela devastação” registradas nos protestos. Afirmou que “a Justiça vai chegar para eles”.
“A responsabilidade é sua, senhor Edmundo González Urrutia, por tudo o que está acontecendo na Venezuela, pela violência criminosa, pelos delinquentes, pelos feridos, pelos falecidos, pela devastação. O senhor será o responsável direto, senhor González Urrutia, e a senhora também, senhora Machado. A Justiça vai chegar”, afirmou Maduro.
Também na 3ª feira (30.jul), o presidente da Parlamento Pátrio da Venezuela, Jorge Rodríguez, pediu a prisão de Machado e González Urrutia sob a denúncia de promover uma “conspiração fascista”. Rodríguez também disse que Corina e González Urrutia tentam provocar uma guerra social e chamou os EUA e a Europa de “hipócritas” por pedirem a auditoria dos votos.
Segundo Maduro, “a guerra do 28 de julho [dia da eleição presidencial] é uma guerra definitiva contra o fascismo, o ódio, a intolerância, e aqueles que querem impor uma guerra social na Venezuela, um golpe de Estado, e que querem fomentar a separação no país”.
Por termo, o presidente da Venezuela anunciou a geração de uma percentagem privativo que, com assessoria da Rússia e da China, deverá determinar ataques ao sistema de notícia da CNE (Parecer Pátrio Eleitoral). Outra percentagem, liderada por Rodríguez, ficará responsável por tutelar a opinião pública da Venezuela nas redes sociais.
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Fonte: CRENTE NEWS