O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB), realizado pela TV Publicação e conduto MyNews, foi marcado por trocas intensas de ofensas pessoais, revelando um nível de animosidade que ultrapassou as questões políticas e entrou no campo das acusações diretas. Logo no primeiro conjunto, Ricardo Nunes, atual prefeito da capital paulista, escolheu Pablo Marçal uma vez que objectivo de sua pergunta sobre segurança pública, insinuando uma suposta relação do PRTB com o PCC e utilizando termos depreciativos uma vez que “paplito” e “tchutchuca do PCC”, associando Marçal ao notório traficante colombiano Pablo Escobar.
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A resposta de Marçal não foi menos agressiva, rebatendo Nunes com ironia ao chamá-lo de “bananinha” e “amante de Bolsonaro”. Marçal insinuou que Nunes estaria desesperado com o curso de sua campanha, que estaria em declínio, e lançou uma criminação direta, sugerindo que o prefeito estaria envolvido em prevaricação, especificamente mencionando a investigação da Máfia das Creches. A troca de farpas evidenciou o tom intransigente da disputa, com Marçal insinuando que Nunes poderia findar na calabouço em caso de trajecto.
A resposta de Nunes manteve o tom combativo, ao contra-atacar Marçal com as mesmas ofensas, reiterando o sobrenome de “bananinha” e acusando-o de ser “lanchinho” da Polícia Federalista. Nunes também solicitou recta de resposta, o que foi facultado pela organização do debate, demonstrando o quão pessoal e inflamado se tornou o confronto entre os dois candidatos.
Esse tipo de embate, marcado por ofensas e acusações, não exclusivamente desvia o foco das discussões sobre propostas políticas, mas também eleva a temperatura da campanha eleitoral, tornando o debate menos sobre ideias e mais sobre ataques pessoais. Esse estilo de confrontação pode ter consequências mistas, polarizando ainda mais o eleitorado e desviando a atenção das questões cruciais que afetam a cidade de São Paulo.
Por um lado, esses ataques podem energizar as bases de cada candidato, mobilizando eleitores que se identificam com a postura combativa e sátira de seus representantes. Por outro lado, esse tipo de retórica pode distanciar eleitores indecisos ou aqueles que buscam uma campanha mais centrada em soluções concretas para os problemas da cidade.
Aliás, o uso de apelidos pejorativos e acusações não fundamentadas em um debate público pode prejudicar a imagem dos candidatos, principalmente se não forem capazes de apresentar argumentos sólidos e propostas claras para os desafios que São Paulo enfrenta.
A crescente tensão entre Marçal e Nunes é um revérbero do clima eleitoral em São Paulo, onde as disputas se tornam cada vez mais acirradas e o foco nas questões fundamentais da cidade muitas vezes é perdido em meio a ataques pessoais.
Direita Online