Ministério Público Da Venezuela Reforça Pressão Sobre Opositor De Maduro

O Ministério Público da Venezuela intensificou suas ações contra Edmundo González, um dos principais opositores do governo de Nicolás Maduro, ao intimá-lo novamente nesta segunda-feira (26) para comparecer à Procuradoria em Caracas.

González, que tem feito campanha ao lado de María Corina Machado, líder da oposição, deve se apresentar nesta terça-feira (27) para depor em uma investigação criminal relacionada à divulgação das atas das eleições presidenciais de julho.

Esta é a segunda notificação em menos de uma semana. A primeira, feita na última sexta-feira (23), exigia sua presença nesta segunda-feira, mas ele não compareceu. Desde o final de julho, González, temendo represálias, tem evitado aparições públicas, limitando suas atividades a declarações nas redes sociais.

As acusações contra González incluem crimes uma vez que: “fraude documental, associação criminosa, conspiração, delitos informáticos e incitação à rebelião das leis”. Essas acusações estão relacionadas à publicação em um site das atas eleitorais que, segundo a oposição, comprovam a vitória de González com mais de 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

O governo Maduro, por sua vez, afirma que os documentos são falsos, embora observadores internacionais e países independentes tenham sugerido que as atas divulgadas possuem elementos de verdade.

No início de agosto, o Ministério Público, desempenado ao regime, ampliou a investigação para incluir também María Corina, sob suspeita de incitação à insurreição e outros crimes.

O procurador-geral, Tarek William Saab, pediu publicamente a prisão de González e Corina, acusando-os de ‘promover a violência’ que eclodiu nas ruas depois o pregão da reeleição de Maduro, resultando na morte de pelo menos 24 pessoas e na prisão de outras 1.400, conforme dados da Provea, uma renomada organização de direitos humanos na Venezuela.

Em resposta, González criticou duramente o procurador Saab, classificando-o uma vez que um “recriminador político” e denunciando a falta de imparcialidade no processo. Ele também questionou a natureza vaga da notificação, que não esclareceu se ele seria tratado uma vez que indiciado, testemunha ou perito, conforme a legislação venezuelana.

O jurista de resguardo de González, Joel García, alertou para a sisudez das acusações, que podem resultar em uma pena de até 30 anos de prisão, o sumo permitido pela lei venezuelana. García destacou que a convocação foi feita de maneira irregular, sem esclarecer adequadamente a posição de González no caso, o que poderia invalidar qualquer enunciação feita por ele sem a presença de sua resguardo.

Caso González não compareça à notificação, o Ministério Público pode solicitar um mandado de prisão, intensificando ainda mais a tensão em torno do processo, que é visto por muitos uma vez que mais um capítulo na repressão aos opositores do regime de Maduro.

 

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Fonte: CRENTE NEWS

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Leibe Felipe

Leibe Felipe

Leibe Felipe é um Jovem Cristão, Fundador da Escola Cristã Humaniza, Especialista em Estratégias Digitais e Marketing Politíco -> @felipeleibe

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