Hoje entenderemos sobre o coneito de humanidade doente.
“A maioria de nós é uma vez que uma petiz só que em um corpo de adulto”, foi a frase que eu disse para um colega ao telefone, depois de ouvi-lo várias vezes explanando sobre um mesmo tema, sua dificuldade de relacionamento com colegas de trabalho, expressando ora raiva, oratristeza, ora angustia e longas horas de pranto.
Sobre a humanidade doente
Eu logo comecei a me dar conta que a maioria de nós, inclusive eu, podemos ser comparados a uma vez que criancinhas mimadas, aquelas que choram para conseguir as coisas ou se frustram por não conseguirem, se magoam e choram, choram quando tem forme, choram até só por chorar sem saber o motivo, e que apesar de maiores de idade, somos ainda muito infantis.
Não desenvolvemos ou construímos uma atitude madura com relação a vida, nossas condutas, relacionamentos, desafios não são assertivos nas maiorias das vezes e desmoronamos internamente quando alguma coisa sai do nosso controle ou das nossas expectativas.
A assertividade nos daria melhores condições individuais, coletivas, sociais, certamente construiríamos melhores relações, teríamos melhores condutas e seriamos também mais saudáveis fisicamente e psicologicamente.
A humanidade doente e a reatividade
Porém esta pouquidade de assertividade é preenchida por nossa reatividade, ou seja, respondemos com reatividade aos inúmeros desafios que a vida nos apresenta, e estas respostas se expressam de forma agressiva, passiva ou até passiva e agressiva ao mesmo, dependendo da situação ou experiencia.
Dizemos que amamos uma pessoa, mas no dia seguinte ou até no mesmo já á odiamos. Não dizemos o que sentimos, por falta de coragem pânico ou carência.
O ser humano é carente uma vez que um bebe recém-nascido, na falta de conhecimento de si próprio, apoia-se no outro, culpa o outro, procura no outro sua felicidade, sua realização, falta-lhe coragem, vontade de enfrentar a si mesmo, desvendar seu próprio mistério, investigar o que o consome vivo, seus medos, suas angustias, suas atitudes de devastação para consigo e o mundo.
A trindade da origem humana
Só estes pontos já seriam um indicador de que nós seres humanos somos doentes, e cá cito a trindade da origem humana segundo Freud, que nos classifica uma vez que: neuróticos, psicoticotios ou perversos, eu complemento cá conforme disse-me um colega, “já nascemos todos em qualquer nível neuróticos”, e se não bastasse ainda nos graduamos para psicóticos e ou perversos.
O mundo em que vivemos é um revérbero da somatização (doença) da humanidade que o habita. Segundo pesquisas e constatações de Freud na Psicanálise, estas reações à eventos da vida, são fruto de construções internas, experiencias vividas, traumas Psicológicos ocorridos na puerícia, que ficaram arquivadas em um sítio que não temos aproximação nem conhecimento, alguma coisa que foi escondido.
Um teor psíquico recalcado dentro de em um sítio inacessível a todos que Freud denominou Inconsciente, mas que podem ser liberadas (Ab-reação) a partir de uma de profunda estudo e investigação através do método terapêutico da associação livre criado por Freud e aplicada em sessões de Psicanálise.
A humanidade doente e a auto investigação
Quando começamos a nos auto investigar, observar nossos comportamentos, nossas dificuldades, começamos a nos perceber e perceber melhor o outro, torna-se um trabalho quotidiano, estável, incessante e até fadigoso, porque estamos acostumados a sobreviver miseravelmente perdidos dentro de nós mesmos e completamente cegos sem direção, sem objetivos internos claros.
No século pretérito existiam algumas diretrizes para família, sexualidade, existia um roteiro, do crescer, estudar, trabalhar edificar uma família e se reformar, aglomerar bens, e agora percebe-se que isso já não tem mais o mesmo sentido o que ao meu ver é positivo porque me parece uma forma de liberação de maior sentença interna, mas aí que está a grande questão, sem um roteiro o que eu faço? Para onde eu vou?
O que eu sou dentro disso tudo que foi criado, esta elegante e amistosa sociedade numulário, falando cá do nosso Brasil. Logo o que seria alguma coisa aparentemente novo e positivo, ainda é obscuro e confuso.
Um vazio de si
E neste ponto ao meu ver que se reforça a indicação de que o ser humano é vazio de si mesmo, e cá cito o aforismo do templo do deus Apolo, na cidade de Delfos na Grécia já tão sabido por nós e ainda pouco aplicado “conhece-te a ti mesmo”.
Antes fosse-nos à consciência esta frase de Sócrates, “só sei que zero sei”, pelo menos reconheceríamos que o trabalho interno, o autoconhecimento, analise de nós mesmos nos daria uma direção mais profunda em meio de tanta superficialidade e divagação que nos encontramos no século presente.
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Estou convicto que os mais de 8 bilhões de habitantes deste planeta, salvo 0,001% (estimativa para não totalizar), são doentes, onde ID, SUPEREGO e EGO (referenciando cá a segunda tópica estrutural de Freud), atuam diretamente e indiretamente dentro de cada sujeito de forma a constituir e edificar o que ele acredita ser e até mesmo não ser sem ao menos questionar, porquê nem mesmo sabe que estes mecanismos atuam e existem dentro dele.
Epílogo sobre a humanidade doente
E isso para mim é ser miserável. “Quanto mais a pessoa se conhece, mais ela consegue mourejar com aquilo que é dela própria” Freud.
Por isso tudo vejo que a Psicanálise é e continua sendo uma das ferramentas cientificas, investigativas e analíticas mais importantes e atuais visto que ela se completa com outras áreas de estudos, e pode continuar contribuindo e ajudando indivíduos a enfrentarem e se libertarem de seu maior contendedor, que é a si mesmo.
Item escrito por Luciano Rossa. Artista Plástico, Terapeuta e Psicanalista Galeno em formação pelo IBPC (Instituto Brasílico de Psicanálise Clínica). @luciano_rossa