O que é a Torá ou Torah? Será que é a Bíblia do Hebreus?

Você sabe o que é a Torá ou Torah?

Pois  ela está muito aí na sua Bíblia. E por ser um termo hebreu você tem talvez não saiba ou tenha dúvidas sobre o objecto. Logo vamos desvendar essas dúvidas agora mesmo.

INTRODUÇÃO

A Torá (תּוֹרָה) ou livro da Lei é a junção dos cinco primeiros livros da Tanach (תַּנַ”ךְ), que chamamos de Idoso Testamento na Bíblia. Mais conhecida entre os cristãos uma vez que Pentateuco, foi escrita por Moisés, no Monte Sinal, há muro de 3 000 anos.

Geralmente suas cópias são feitas a mão, em rolos seguindo regras, para serem usadas para leitura pública nas Sinagogas todas as semanas. Esta versão recebe o nome de Sefer Torah. Enquanto suas versões impressas em livros são conhecidas uma vez que Hamisha Humshei Torah.

Existe uma sarau para comemorar ao recebimento da Torá, que é a Sarau de Shavout (Pentecostes), comemorada 49 dias em seguida a Pessach (Páscoa do Senhor), que segundo o Calendário Bíblico acontece no mês de Sivan. Na sarau de Pentecostes ocorreu a descida do Espírito Santo registrada em Atos 2. 

POR QUE MOISÉS ESCREVEU A TORÁ

Moisés (Moshe), que significa tirado das águas. Foi um vaticinador separado por Deus para ser o libertador do seu povo de 400 anos de escravidão e açoites no Egito. Para tanto, Deus ordenou que Moisés anunciasse 10 terríveis pragas, as Pragas do Egito, sendo a última a morte dos primogênitos.  

A praga consistia em uma separação entre os egípcios e hebreus pelo sangue do cordeiro nos umbrais das portas. Com a morte dos primogênitos, faraó deixou o povo partir. Logo, deste ocorrência surge a Páscoa dos Judeus, onde o povo finalmente é liberto.

Em Êxodo 34:2 o Senhor ordena que Moisés suba o monte Sinai sozinho pela manhã. Logo Moisés lavra duas tábuas de pedra e sobe o monte para receber novamente suas leis. Pois ele quebrou as primeiras tábuas aos descer o monte e encontrar os hebreus adorando um tenreiro de ouro.   

E prepara-te para amanhã, para que subas pela manhã ao monte Sinai, e ali põe-te diante de mim no cume do monte.

Assim surgiram os dez mandamentos e todos as outras leis relativas as festas, celebrações e vida diária do povo. É um manual a ser seguido e obedecido fielmente.

1º LIVRO DA TORÁ – GÊNESIS (BRESHEIT)

O primeiro livro recebe o nome de Gênesis, porque começa pela origem do mundo. Mas em Judio é Bresheit (רֵאשִׁית), que significa “no princípio”. Porém, é importante informar que em hebreu os judeus nomeavam cada livro pela primeira vocábulo, ou pela primeira vocábulo importante, de seu texto.

Gênesis divide-se em duas partes, que contam na primeira segmento a história primitiva a humanidade, desde a geração do universo e do varão, da queda do varão suas consequências, do grande aumento da iniquidade até o dilúvio, e repovoamento expondo várias genealogias onde e por termo surge a figura do patriarca Abraão. Capítulos 1 ao 11.

Enquanto a segunda segmento, capítulos 12 ao 50, conta a história dos patriarcas e seus descendentes. O pai Abraão recebe a promessa de Deus, obedece e vê o cumprimento da promessa em Isaac, cuja história fica um pouco ofuscada entre a do pai e do rebento Jacó.

Jacó surge uma vez que um aproveitador por roubar a primogenitura de seu irmão Esaú e enganar seu pai, Isaac. Posteriormente é transformado por Deus e tem doze filhos, das quais descendem as Doze Tribos de Israel.

Logo no capítulo 37 surge a figura de José, cuja história entende-se até o capítulo 50, com exceção dos capítulos 38, que fala sobre Judá e Tamar e o 49, que mostra Jacó abençoando seus filhos antes de sua morte. 

2º Livro da Torah

2º LIVRO DA TORÁ – ÊXODO (SHEMOT)

O segundo livro recebe o nome de Êxodo, pois contém o registro da saída do povo hebreu do Egito. Porém em Judio é Shemot (שמות), que significa “os nomes”.

Também dividido em duas partes, tem em sua primeira segmento a libertação dos povo hebreu, logo servo Egito.  Ainda no capítulo 1 surge a figura de Moisés, os relados do seu promanação, livramento nas águas e ulterior encontro com Deus na sarça ardente, no Monte Horebe.

O relato da vida e chamado de Moisés, assim uma vez que as pragas do Egito estende-se até o capítulo 15:21, quando finalmente o povo é liberto e começa sua marcha pelo deserto. Marcha esta que estende-se por todo livro de Êxodo e os demais livros da Torá devido a murmuração, insubmissão e idolatria do povo.

Já a segunda segmento se inicia no capítulo 19 e relata a Federação do Eterno com o povo eleito no Monte Sinai. Quando Deus convida o povo a se aproximar do monte, pois quer se revelar.

É nesse trecho que Moisés sobe o monte e recebe do Senhor os Dez Mandamentos.  Mas depois precisa tornar a subir, pois quebra as primeiras tábuas da Leia ao se deparar com o povo adorando um tenreiro de ouro. Enfim, mal o Senhor fez uma associação com seu povo e eles já haviam quebrado. Mas, felizmente Ele tornou a fazer a associação. Ufa!

3º LIVRO DA TORÁ – LEVÍTICO (VAYICRA)

O terceiro livro recebe o nome de Levítico, já que contém a lei dos sacerdotes da tribo de Levi. Enquanto em Judio Vayicra (ויקרא), significa “e chamou”.

Leste livro da Torá pode ser comparado ao que hoje é a Constituição do nosso país, pois é quase em sua totalidade um livro legislativo. Pois você encontra leis sobre tudo relativo aquela estação e às condições que eles viviam, principalmente no deserto.

A segmento inicial refere-se aos rituais de sacrifício, capítulos 1 ao 7, especificando quais espécies de animais deviam ser sacrificados, incluindo as características destes animais. Pois o Senhor não receberia animais que não atendessem as orientações.

Entre os capítulos 8 e 10 você encontra o cerimonial de glorificação dos sacerdotes, aplicados a Aarão e seus quatro filhos, Nadabe, o mais velho; depois Abiú, Eleazar e Itamar. Porém, Nadabe e Abiú foram mortos quando ofereciam queimada estranho ao Senhor, monte Sinai.

Todas as normas referentes ao que é puro ou impuro estão entre os capítulos 11 e 15, isso inclui os tipos de bicho que serve ou não uma vez que comida. Enquanto no capítulo 16 está registrado o ritual do grande dia das Expiações. Quando no décimo dia, do sétimo mês o sacerdote faria penitência pelos pecados pela purificação do vício de todos.

Entre os capítulos 17 e 26 está registrado o código da santidade, onde consta a proibição de consumir sangue e o incesto. Constando no capítulo 23 as santas convocações, e no 26 as bênçãos e maldições. Enquanto o capítulo 27 determina as condições do resgate das pessoas, dos animais e dos bens consagrados a YHWH.

4º LIVRO DA TORÁ – NÚMEROS (BAMIDBAR)

Já o quarto livro chama-se Números, por justificação dos recenseamentos que constam nos capítulas 1 ao 4. Porém o termo hebreu Bamidbar (דבדים), quer manifestar “no deserto”. 

No  capítulo 7 ocorre a glorificação da Tenda da Reunião. Logo após festejar a Segunda Páscoa, já no capítulo 9, os israelitas deixam o monte Sinai e chegam, depois de chorar por mesocarpo, pepinos e cebolas, ao deserto de Parã, em  Cades de onde partiram os espias a observar a terreno, no capítulo 13. Porém, por justificação do relato de dez, dos doze espias, o povo não quis obedecer ao Senhor e seguir para invadir a terreno.

No capítulo 14 Deus mata os dez espias que induziram o erro do povo e estabelece que só entrariam na Terreno Prometida, Josué, Calebe e quem tivesse menos de 20 anos. Logo o povo partiu de Cades e permaneceu em contendas e murmurações a caminho de Moabe. Onde no capítulo 25, o povo cai nos tropeços de Balaão ao se prostituir com as moabitas.

No capítulo 26 acontece um novo recenseamento, pois morreram muitos por justificação de Coré, mais outros tantos por justificação das serpentes ardentes e muitos outros pela prostituição com as moabitas. Assim foi Deus exterminando os desobedientes.

Posteriormente vencerem os midianitas, as tribos de Gade e Rúben se estabeleceram nas terras de Jazer e Gileade, nos capítulos 31 e 32. Enquanto o capítulo 33 tem um resumo das etapas do Êxodo e alguns outros capítulos ao longo do livro completam a legislação de Levítico.

5º LIVRO DA TORÁ – DEUTERONÔMIO (DEVARIM)

O quinto e último livro da Torá é Deuteronômio, ou segunda lei, segundo uma tradução grega de Dt 17:18. Já no Judio o significado de Devarim (במדבר) é “Palavras”.

O livro de Deuteronômio tem uma estrutura que mistura a releitura do código de leis civis e religiosas estabelecidas em Levítico e alguns discursos e aconselhamentos de Moisés.

No capítulo 1 até o 4, de frente para o mar vermelho, Moisés aconselha e dá instruções ao povo. Já a partir do capítulo 5 começa a releitura da lei, pois o povo que ouviu as leis no Sinai morreu no deserto.

Nos capítulos 29 e 30 acontece um novo exposição de Moisés acerca das bênçãos e maldições mencionadas no capítulo 28.

Nos capítulo 31 ao 34, Moisés se despede do povo dando instruções a Josué para assumir seu lugar. Deixa um poema e abençoa o povo. Logo sobe o monte Nebo, onde Deus lhe mostra Canaã, a terreno prometida, e repousa uma vez que o Senhor havia determinado.

E nunca mais se levantou em Israel vaticinador qualquer uma vez que Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face;

Deuteronômio 34:10

CONCLUSÃO

O conhecimento e compreensão da Torá é importante para que você compreenda os demais livros da Bíblia, pois é nela que constam seus patriarcas e suas leis e costumes. Porém, cá você tem um pequeno quadro, um passeio pelos livros. 

Portanto dedique-se a ler e meditar, não somente na Torá, mas comece por ela para facilitar sua leitura e siga lendo toda a Bíblia. Logo escolha um bom projecto de leitura ou crie um.

E aí! Você já sabia o que é a Torá? Porquê você viu não é a Bíblia dos Hebreus. Comenta o que mais você aprendeu com a gente.  

Shalom!

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Leibe Felipe

Leibe Felipe

Leibe Felipe é um Jovem Cristão, Fundador da Escola Cristã Humaniza, Especialista em Estratégias Digitais e Marketing Politíco -> @felipeleibe

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