O pastor Oziel Lara dos Santos, réprobo a 14 anos de prisão pelo STF por sua participação nos atos de 8 de janeiro, revelou em uma entrevista que deixou o Brasil em março deste ano, enquanto cumpria regime simples. Sua fuga ocorreu em seguida receber permissão para deixar a prisão, sob a requisito de usar tornozeleira eletrônica, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes. Santos, que foi recluso no Palácio do Planalto durante a invasão, nega ter cometido crimes e afirma que as Forças Armadas incentivaram as manifestações que questionaram a legitimidade das urnas eletrônicas.
Santos trouxe à tona alegações sérias, afirmando que as Forças Armadas instigaram as manifestações ao levantar dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral. Ele mencionou comunicados do Ministério da Resguardo, emitidos em novembro de 2022, que sugeriam a possibilidade de inconsistências nas urnas eletrônicas e defenderam “manifestações ordeiras e pacíficas”. Essas declarações podem reacender o debate sobre o papel das Forças Armadas nos eventos que levaram à invasão de prédios governamentais em Brasília.
Depois passar 11 meses recluso, Santos foi libertado em dezembro de 2023 com medidas cautelares, mas decidiu fugir para um país vizinho ao Brasil ao ser réprobo a 14 anos de prisão. Ele evitou dar detalhes sobre sua localização exata, mas insinuou que outros condenados pelo STF também fugiram do país. Essa revelação levanta questões sobre a eficiência das medidas cautelares e a capacidade do sistema judicial de prometer que os condenados cumpram suas penas.
Em suas declarações, Santos negou qualquer envolvimento em crimes durante os atos de 8 de janeiro, reforçando a narrativa de que as manifestações foram incentivadas por setores das Forças Armadas. Essa asserção, se comprovada, poderia ter implicações profundas para a imagem das Forças Armadas e seu papel na política brasileira. No entanto, até o momento, essas alegações não foram corroboradas por provas concretas.
Durante a entrevista, Santos demonstrou cautela ao comentar sobre a situação atual das Forças Armadas, afirmando estar distante da veras brasileira e evitando expressar uma opinião definitiva. Essa postura pode refletir tanto uma estratégia para evitar represálias quanto uma tentativa de manter o foco nas suas acusações contra as Forças Armadas, sem se envolver diretamente no debate político atual.
A fuga de Santos e suas declarações sobre o envolvimento das Forças Armadas nos eventos de 8 de janeiro trazem à tona questões importantes sobre a transporte das investigações e o papel das instituições militares na política do país. A verdade dessas alegações e as respostas das autoridades competentes serão cruciais para esclarecer os fatos e prometer a transparência no processo judicial em curso.
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