Em Israel, a perda devastadora causada pelo conflito com o Hamas levou muitos pais enlutados a tomar uma decisão difícil: solicitar a extração e armazenamento do sêmen de seus filhos falecidos, muitos dos quais eram soldados.
Desde os ataques de 7 de outubro, as regras para esse procedimento foram flexibilizadas, mas as famílias ainda enfrentam uma série de burocracias com os processos legais.
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“Disseram que Reef estava dentro do prazo para a extração e perguntaram se estávamos interessados”, contou Avi. Ele não hesitou em responder. “Reef adorava crianças e queria ser pai. Apesar da dor imensa, decidimos seguir em frente e manter a sua memória viva”, justificou.
Reef, que não tinha esposa nem namorada, agora é um dos pretendentes de dezenas de judias. Várias mulheres se ofereceram para gerar um rebento em sua memória, uma oferta que Avi vê uma vez que uma forma de encontrar qualquer consolo. “Essa teoria nos dá um tanto para nos trincafiar”, diz ele. “Agora é a missão da minha vida”, emendou.
Desde os ataques de 7 de outubro, muro de 170 homens jovens — civis e soldados — tiveram seus espermatozoides extraídos, conforme informações do ministério da Saúde de Israel. Esse número é aproximadamente 15 vezes maior do que no mesmo período em anos anteriores.
O procedimento para a extração envolve uma incisão no testículo, a partir da qual é removido um pequeno pedaço de tecido. As células espermáticas vivas são logo isoladas em laboratório e congeladas. Para aumentar as chances de sucesso, a extração deve ser realizada dentro de 24 horas em seguida a morte, embora as células possam sobreviver até 72 horas.
Em verificação, em alguns países, uma vez que França, Alemanha e Suécia, esse procedimento é totalmente proibido. Outros, uma vez que o Brasil, impõem regras rigorosas que exigem o consentimento explícito do falecido antes da morte. No entanto, em outubro, o ministério da Saúde de Israel isentou a premência de uma ordem judicial para que os pais pudessem solicitar a extração, e as Forças de Resguardo de Israel (IDF) têm se mostrado mais proativas em oferecer esse serviço aos pais enlutados.