A construção da identidade, ou seja, a identidade humana é um fenômeno em estável transformação, levando a uma reflexão pertinente sobre porquê é verosímil que uma pessoa mude e, ao mesmo tempo, continue a ser a mesma.
Essa questão se torna ainda mais intrigante quando consideramos que diversos elementos que compõem nossa história são deixados para trás, enquanto outros se incorporam.
Entendendo sobre a construção da identidade
O teórico Antônio da Costa Ciampa propõe que a identidade possui um caráter de mudança, embora esse paisagem metamórfico se manifeste de maneira estática em diferentes momentos da vida, ocultando sua verdadeira natureza dinâmica.
As mudanças na identidade são inevitáveis; elas ocorrem em transições naturais, porquê a passagem da puerícia para a juvenilidade e, posteriormente, para a vida adulta.
Aliás, o contexto social desempenha um papel crucial, introduzindo novos valores e sentimentos que são assimilados por meio das ideologias propagadas pelas instituições. A psicanálise oferece uma visão mais aprofundada desse processo, utilizando métodos investigativos que promovem o autoconhecimento.
A construção da identidade e a sociedade
Ao se relacionarem, as pessoas tendem a se apresentar por meio de semelhanças, refletindo características comuns dentro de um determinado grupo social. Essa representação, no entanto, é insuficiente para tomar a complicação da identidade, que se constrói não unicamente a partir de traços superficiais, mas também das experiências vividas ao longo de todo o desenvolvimento humano.
Assim, tanto as experiências individuais quanto as sociais são fundamentais na formação da identidade. Aspectos estáticos, porquê nome, cidade natal e vínculos familiares, não conseguem expressar todas as nuances da identidade. O que realmente define um ser são as experiências acumuladas ao longo do tempo.
Por exemplo, uma pessoa pode ser considerada um bom aluno, um jogador medíocre de xadrez e um mecânico habilidoso, refletindo uma identidade fragmentada e em estável movimento, onde as ações de todas as fases da vida se entrelaçam.
O papel social do sujeito
Quando um sujeito se apega a um papel social, que pode ser encarado porquê um fetiche, corre o risco de regelar sua evolução pessoal. Essa repetição de comportamentos pode produzir uma figura fixa, o que Ciampa labareda de “repor a mesmice de nós.
Esse fenômeno resulta em uma identidade-mito, onde o sujeito é continuamente lembrado de um papel que desempenhou, mesmo que tenha mudado de ofício. Essa fixação pode levar à urgência de manter uma imagem estática, congelando uma segmento de sua identidade que já foi celebrada pelo grupo social.
A tributo de Sigmund Freud para a compreensão desse processo é inegável. Ele desenvolveu a teoria do desenvolvimento psicossexual, dividida em fases que incluem a período verbal, anal, fálica, o período de latência e a período genital.
O multíplice de Édipo e a construção da identidade
O Multíplice de Édipo, que se manifesta entre os 3 e 5 anos, é um ponto crucial, onde a petiz, temendo perder o afeto do pai, internaliza normas sociais e autoridades. Esse processo resulta na incorporação de novos valores, padrões morais e sentimentos, que se tornam segmento da construção da subjetividade e, consequentemente, da identidade.
Ao explorar a formação do aparelho psíquico, Freud identificou que o superego se forma a partir do Multíplice de Édipo, incorporando proibições e limites sociais. Assim, as exigências sociais e culturais se tornam segmento intrínseca do sujeito até a vida adulta.
Essa internalização gera um sentimento de culpa diante das frustrações e contradições do envolvente social, evidenciando que os valores do superego ressoam internamente, podendo suscitar mal-estar, uma vez que o sujeito não pode se esconder de si mesmo.
Peroração
Para entender porquê cada pessoa se posiciona no mundo, é fundamental reconhecer que as estruturas do aparelho psíquico — id, ego e superego — são constituídas por experiências tanto internas quanto externas. Cada sujeito carrega suas particularidades, moldadas por interações sociais.
Em resumo, a teoria de que a formação da identidade é uma mudança, reforçada pela teoria psicanalítica do desenvolvimento do aparelho psíquico, ressalta a preço de um trabalho investigativo promovido por psicanalistas.
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Esse trabalho visa propiciar um maior autoconhecimento, permitindo que os indivíduos compreendam novos modos de viver em sua subjetividade e se adequem às exigências sociais, capacitando-os a superar os possíveis mal-estares que a complicação da cultura pode acarretar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOCK, Ana Mercês B.; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes T. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. [Digite o Local da Editora]: Editora Saraiva, 2023. E-book. ISBN 9786587958484. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786587958484/. Entrada em: 04 abr. 2024. FREUD, Sigmund. A versão dos Sonhos I (1900). Imago Editora RJ. FREUD, Sigmund. O mal estar na cultura. Viena, 1930. [In Obras completas vol. XVIII
Cláusula escrito por Guilherme Chiqueto – Formando em Psicanálise e Graduando em Psicologia – Sou de São Paulo e meu contato é (11) 930613434