Uma novidade pesquisa eleitoral realizada pelo instituto Futura Perceptibilidade, em parceria com a empresa 100% Cidades e a revista Fiscalização, revelou um cenário surpreendente na corrida pela prefeitura de São Paulo. Segundo os dados divulgados, Pablo Marçal, candidato do PRTB, está “decolando” nas intenções de voto, alcançando 25,2% da preferência do eleitorado. Esse resultado consolida a rápida subida de Marçal na disputa e confirma a tendência apontada por pesquisas anteriores, porquê a do instituto Veritá.
Guilherme Boulos, candidato do PSOL, aparece logo detrás de Marçal, com 23,3% das intenções de voto, mantendo-se porquê um dos principais concorrentes na corrida eleitoral. Boulos, que já tem uma base consolidada de espeque em São Paulo, enfrenta agora um novo e potente oponente em Marçal, que tem conseguido atrair uma parcela significativa do eleitorado em um restringido espaço de tempo.
O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que procura a reeleição, está na terceira posição, com 17,9% das intenções de voto. Apesar de estar detrás de Marçal e Boulos, Nunes ainda possui uma margem considerável de espeque, que poderá ser crucial nas próximas semanas da campanha. No entanto, a diferença entre ele e os líderes da pesquisa sugere que Nunes terá que redobrar seus esforços para reconquistar eleitores e virar a tendência de queda.
O apresentador José Luiz Datena, que disputa pelo PSDB, aparece na quarta posição, com 9,6% das intenções de voto. Embora Datena seja uma figura popular na mídia, sua campanha parece estar enfrentando dificuldades para lucrar tração junto ao eleitorado paulistano. Aquém de Datena, encontra-se Tabata Amaral, candidata do PSB, com 6,2%. Tabata, uma jovem deputada federalista que ganhou notoriedade por suas posições progressistas, também luta para se ressaltar em um campo eleitoral competitivo.
Mais subordinado na pesquisa, a candidata Marina Helena, do partido Novo, registra 2,3% das intenções de voto, enquanto outros candidatos porquê Ricardo Senese (0,4%), Altino Prazeres (0,3%), Bebeto Haddad (0,0%) e João Pimenta (0,0%) não conseguem ultrapassar a marca de 1%. Esses números indicam que as candidaturas desses políticos ainda não conseguiram captar o espeque necessário para se tornarem competitivas no atual cenário eleitoral.
A pesquisa também revelou que 5,9% dos eleitores paulistanos pretendem votar em branco ou nulo, enquanto 8,8% ainda se declaram indecisos. Esses números indicam que há uma fatia significativa do eleitorado que ainda pode ser conquistada pelos candidatos, mormente aqueles que se encontram em posições intermediárias e buscam gabar nas pesquisas.
Registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-04229/2024, a pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 24 de agosto, utilizando a metodologia CATI, que consiste em entrevistas telefônicas assistidas por computador. Ao todo, 1.000 eleitores foram ouvidos, com uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais e um nível de crédito de 95%.
A subida de Pablo Marçal nas pesquisas pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo sua estratégia de campanha focada nas redes sociais e na notícia direta com o eleitorado. Marçal, que é espargido por seu estilo de liderança motivacional e empreendedorismo, conseguiu mobilizar uma base de seguidores fiéis, principalmente entre os eleitores mais jovens e aqueles que buscam uma opção ao establishment político tradicional. Sua mensagem, que mistura inovação, espiritualidade e uma retórica anti-establishment, parece estar ressoando com um segmento significativo do eleitorado paulistano.
Por outro lado, Guilherme Boulos continua a ser um candidato potente, mormente entre os eleitores de esquerda e os que apoiam pautas progressistas. Boulos, que tem uma longa trajetória de ativismo social e liderança em movimentos de moradia, aposta em sua experiência e nas propostas de transformação social para atrair eleitores em um momento de insatisfação generalizada com a política tradicional.
Ricardo Nunes, por sua vez, enfrenta o repto de tutorar sua gestão adiante da prefeitura, enquanto tenta ocupar eleitores que estão migrando para novos candidatos. Com um cenário tão dinâmico e incerto, as próximas semanas serão cruciais para todos os candidatos, que precisarão intensificar suas campanhas e estratégias de notícia para lucrar o espeque dos eleitores ainda indecisos e prometer uma posição no segundo vez.
A disputa pela prefeitura de São Paulo promete ser uma das mais acirradas dos últimos anos, com candidatos de perfis variados e propostas distintas competindo pelo comando da maior cidade do país. A “decolagem” de Pablo Marçal, confirmada pela pesquisa Futura Perceptibilidade, adiciona mais um elemento de imprevisibilidade à eleição, que deverá ser marcada por surpresas até o último minuto. O cenário ainda é fluido e pode mudar conforme as campanhas avançam e novos debates públicos se desenrolam, mas uma coisa é certa: a corrida eleitoral em São Paulo está longe de ser definida.
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